Fonoaudiologia e Práticas Integrativas

Presbiacusia é a perda de audição associada ao avanço da idade. Ela pode apresentar componentes condutivos e/ou neurosensoriais, com declínio especialmente nas frequências agudas. Com o passar dos anos, o problema de audição pode não ser apenas a diminuição de uma sensibilidade, mas também causar outros transtornos como: problemas emocionais e sociais.

O sucesso da protetização no adulto vai depender da natureza, do grau, da presença ou não de outros problemas de saúde e da percepção da sua perda de audição.

Costumamos dizer que a perda de audição nestes casos é ingrata, pois ela é indolor e silenciosa. Ao mesmo tempo que o silêncio é relaxante ele também é isolante, pois deixamos de perceber o mundo sonoro que há em nossa volta.

Quando percebemos o problema, é porque já nos encontramos isolados socialmente, deixando de participar das atividades sociais e familiares, criando, desta forma, problemas ainda maiores. Procure sempre uma solução, pois existem profissionais à sua disposição para auxiliá-lo.

De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos Presidência da República, os idosos somam 23,5 milhões dos brasileiros, sendo que 70% apresenta deficiência auditiva. O quadro pode vir acompanhado de queixas de zumbido, que por ser uma percepção autoreferida pelo paciente, é de difícil mensuração.

O zumbido pode ser categorizado em:

– Pulsátil: manifesta-se como som contínuo de atividade espontânea nas vias auditivas – zumbido rítmico (ZR) (NETO et al., 2011; KOTZIAS et al., 2011);

– Não pulsátil: Subcategorizado em:

1- Muscular ou Mioclonia – sendo involuntário e repetitivo;

2- Arterial – quando associado a malformações arteriovenosas intracraniais, fistúlas arteriovenosas durais, arteioesclerose de sistema corótido e vestibular, hipertensão arterial sistêmica e doença de Paget;

3- Venoso – quando associado a anormalidades da veia jugular, seios venosos, hipertensão intracraniana benigna, tumor glômico ou neoplasias vasculares do osso temporal e base de crânio

As intervenções médicas buscam localizar a etiologia do zumbido para adequar a melhor forma de tratamento. Contudo, a intervenção fonoaudiológica disponibiliza de tratamentos que se adequam a cada paciente, como:

– Treinamento do Zumbido (Tinnitus Retraining Therapy, TRT): terapia acústica baseada no modelo neurofisiológico realizada em cabine acústica em duas fases: habituação de reação e habituação de percepção.

– Mascarador de som: Dispositivo eletrônico que apresenta sons que remetem a sensação de audição (vento, folhas, pássaros e outros) em que o usuário pode escolher o que proporcione melhor conforto ou efeito produzido em sua orelha para tentar mascarar o zumbido.

– Aparelhos auditivos: indicação, geralmente do modelo retroauricular com adaptação aberta em que o molde acoplado ao aparelho auditivo deva ter o orifício maior possível para diminuir o efeito de oclusão no canal auditivo.